Uma decisão importante do Conselho Monetário Nacional (CMN) promete transformar o uso dos cartões de crédito no Brasil. Estabelecendo um limite de 100% nos juros para o rotativo e parcelado, essa medida, válida a partir de janeiro, pode impactar significativamente usuários frequentes de cartões.
A iniciativa vem após a lei aprovada pelo Congresso em outubro de 2023. Ela implica que os encargos financeiros em dívidas de cartão de crédito não excederão o valor original emprestado. Portanto, uma dívida de R$500, por exemplo, terá um máximo de R$1000 a ser pago, incluindo juros e encargos.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, destacou a necessidade dessa mudança. Antes, os juros anuais poderiam chegar a quase 500%. Em comparação, os juros médios do rotativo em outubro de 2023 eram de 431,6% ao ano.
Para turistas, isso significa uma maior tranquilidade financeira ao usar cartões de crédito em viagens. A redução do risco de dívidas incontroláveis devido a gastos inesperados é um benefício significativo dessa nova política.
É importante notar que a regra se aplica apenas a novas dívidas. Dívidas existentes continuarão sob as condições anteriores. A medida também inclui regras para a portabilidade de crédito entre instituições financeiras, fomentando potencialmente mais competição e menores juros no futuro.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, havia sugerido alternativas para lidar com os altos juros e inadimplência, como a extinção do crédito rotativo. No entanto, após discussões com o setor privado, o foco mudou para a mediação de debates sobre o tema.
Com essas mudanças regulatórias, os usuários de cartões de crédito no Brasil podem esperar um ambiente mais seguro e previsível. Especialmente para turistas, a nova norma representa uma forma mais segura e controlada de gerenciar gastos em viagens, sem preocupações com juros excessivos.